Eles são sinalizadores para os seus rituais diários. Os símbolos instantaneamente reconhecidos nos quais você aperta e clica ou simplesmente observa incontáveis vezes todos os dias enquanto interage com o seu computador. Mas o quanto você conhece sobre as suas origens?
Power
Ele está em camisetas, indica qual botão apertar para dar a partida em um Prius e já foi até usado em embalagens de camisinhas em Nova York. Este símbolo data lá da época da Segunda Guerra Mundial, quando os engenheiros etiquetavam os botões seguindo o sistema binário: um 1 significava "ligado", e um 0 significava "desligado". Em 1973, a International Eletrotechnical Comission vagamente codificou um círculo quebrado com uma linha dentro como "estado de espera" (standby), e continua com esta definição até hoje. O Institute of Electrical and Electronic Engineers, no entanto, achou isso muito vago e alterou a definição para significar simplesmente energia, poder, força. Power.
Command
O que acampamentos suecos e abuso do logo da Apple têm em comum? Bastante, segundo Andy Hertzfeld, da equipe de desenvolvimento do primeiro Mac. Enquanto trabalhava com outros membros da equipe para traduzir comandos de menus diretamente para o teclado, Hertzfeld e a sua equipe decidiram incluir uma tecla de função especial. A ideia era simples: quando pressionada em conjunto com outras teclas, a "tecla Apple" selecionaria o comando de menu correspondente. Steve Jobs odiou a ideia – não a do botão, mas a de usar o símbolo da Apple nele. Hertzfeld relembra a sua reação: "Tem muitas maçãs na tela! É ridículo! Estamos usando o logo da Apple em vão!" Rolou um processo apressado de redesenho, no qual a artista de bitmaps Susan Kare folheou de cabo a rabo um dicionário internacional de símbolos e acabou escolhendo um símbolo floral que representa, na Suécia, uma atração digna de nota em uma área de acampamentos. Também conhecido como "Gordon loop", "splat", "infinite loop" e, no padrão Unicode, "símbolo de local de interesse", o simbolo Command permanece presente nas interfaces e nos teclados da Apple até hoje.
Bluetooth
Você provavelmente já ouviu a história do rei dinamarquês Harald Blåtand e de como ela se relaciona com o Bluetooth, certo? Ele era um renomado connoisseur
USB
Play
Os símbolos de Play/Pause não são nativos dos computadores, mas encontraram um lar nos teclados e em todas as interfaces dedicadas a reproduzir áudio ou vídeo, seja em mídia física ou digital. Infelizmente, nem o triângulo apontado para a direita, nem as duas barrinhas parecem ter uma origem definitiva. Eles primeiro apareceram como símbolos de transporte de fitas em tocadores de rolos na metade dos anos 60. Em alguns casos, vinham acompanhados dos símbolos de avanço ou retrocesso rápido, que eram o mesmo triângulo, apenas duplicado e eventualmente invertido para apontar para a esquerda. A direção do triângulo indicava a direção que a fita iria se mover. Fácil.
Pausa
Quanto ao símbolo de pausa, muitos notaram que ele lembra a notação para uma conexão aberta em um esquema elétrico. Alguns dizem que é simplesmente um símbolo de Parar, aquele quadrado, mas com uma tira arrancada do meio. Nós apostaríamos em uma origem mais clássica: na notação musical, há um símbolo muito semelhante usado para indicar pausa
Sleep
As pessoas ficavam confusas com o modo "standby". Parecia contraintuitivo que um aparelho eletrônico não estivesse nem ligado, nem desligado. Então a IEEE decidiu que seria bom fazer uma modificação, renomeando o modo de espera para "Sleep", de modo a demonstrar o estado em que nós, humanos, não estamos nem ligados, nem desligados. Atualmente, uma lua crescente é o símbolo do modo Sleep nas Américas e na Europa. Seu poder metafórico é inegável! Mas no Japão eles preferem muitas vezes o símbolo "Zzzz".
Arroba
Ah, o @… O único símbolo desta lista a ganhar um lugar na coleção de arquitetura e design do MoMa. Como este símbolo acabou se tornando tão potente com o passar dos anos? Ele tem sido conhecido por diversos nomes ao redor do mundo: caracol na França e Itália, ratinho na China, rabo de macaco na Alemanha, tromba de elefante na Suécia, arroba no Brasil… Em 1971, um programador da Bolt, Baranek & Newman chamado Raymon Tomlinson decidiu inserir o símbolo entre endereços de computadores para separar o usuário do terminal. Antes deste uso, o símbolo já fazia parte de algumas máquinas de escrever americanas, sendo usado em contabilidade desde 1885 como uma abreviatura da área de contabilidade, que significava "na ordem de". No Brasil, a arroba já vinha sido usada no contexto mercantil, principalmente como unidade de peso de gado, equivalendo a cerca de 15kg. Mas o símbolo em si, o "a" com uma voltinha externa, tem origens misteriosas e muito mais antigas que isso, remetendo a monges do século 6.
Firewire
Lá em 1995, um pequeno grupo na Apple – a principal desenvolvedora do FireWire – iniciou o trabalho de desenhar um símbolo que pudesse representar de forma adequada a nova tecnologia na qual estavam trabalhando. Originalmente pensado como uma alternativa serial ao SCSI, o maior apelo do FireWire era a promessa de conectividade rápida para equipamentos de áudio e vídeo digitais. Então os designers optaram por um símbolo com três pontas, representando áudio, vídeo e dados. Inicialmente, o símbolo era vermelho, mas depois foi alterado para amarelo por motivos desconhecidos.
SBBOD
Este terror é conhecido por muitos nomes: a roda hipnotizante do terror, a pizza giratória, o catavento da morte e o meu favorito: SBBOD (Spinning Beach Ball of Death - Bola de Praia Giratória da Morte). A Apple chama ele oficialmente de "cursor giratório de espera", mas a maioria dos usuários de Mac o chama de palavras impublicáveis. Ele apareceu primeiro no Mac OS X e continua indicando que uma aplicação não está respondendo a eventos do sistema, mas é na verdade uma evolução do cursor de espera que a empresa usou em versões preliminares do MAC OS, um relógio de pulso. Apesar das suas origens de design permanecerem misteriosas, a Apple provavelmente abandonou o reloginho pelo fato dele lembrar aos usuários do tempo que se passava enquanto os programas ficavam pendurados. Apesar disso tudo, a solução moderna prova uma coisa: é perfeitamente possível odiar uma bolinha colorida giratória.
Atualização: depois deste post publicado no Giz US, alguns leitores enviaram novos detalhes. Aparentemente, o cursor giratório de espera tem uma ligação conceitual com o NeXTstep, o antecessor do Mac OS X, e foi desenhado para representar o disco magnético giratório de onde o NeXTstep e os seus aplicativos eram (muito lentamente) carregados.
Ethernet
Apesar de ter sido "inventado" muitos anos antes, isso que hoje reconhecemos como um símbolo de conexão em rede Ethernet foi projetado por David Hill, da IBM. Segundo ele, o símbolo era parte de um conjunto de outros símbolos que representavam as várias conexões de rede local disponíveis na época. As caixas, que são representadas de maneira propositalmente não-hierárquica, representam os computadores/terminais. Apesar de Hill não citar os rascunhos de Ethernet de Bob Metcalfe, é fácil ver como o símbolo moderno se inspira neles.
Fonte: gizmodo
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